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Itaiquara assegura na Câmara fim das demissões

05 de Dezembro de 2013

A Câmara Municipal de Passos debateu hoje (5 de dezembro) a situação dos trabalhadores dispensados da usina do grupo Itaiquara

Itaiquara assegura na Câmara fim das demissões

Itaiquara assegura na Câmara fim das demissões
Itaiquara assegura na Câmara fim das demissões

A Câmara Municipal de Passos debateu hoje (5 de dezembro) a situação dos trabalhadores dispensados da usina do grupo Itaiquara e a situação dessa empresa sucroalcooleira, tão importante na economia do município.  Um diretor da Itaiquara disse que não haverá mais demissões e que a empresa vai honrar as dividas trabalhistas mediante ações na Justiça.

O encontro articulado pelos vereadores Reinaldo Oliveira (Nardão/PMDB) e Alex Bueno (PSD) foi realizado no início da tarde no plenarinho, reunindo dirigentes sindicais e trabalhadores demitidos. Historicamente, foi a primeira vez que um dirigente da Itaiquara participou de um debate na Casa.

A mesa dos trabalhos esteve composta tambémpelos vereadores Cenira de Fátima Macedo (Tia Cenira/PR), Hilton Silva (PSDB) e Isabel Ribeiro (Belinha/PP). Outro que participou  das discussões foi o presidente da Câmara, Luis Carlos do Souto Júnior (Dentinho/PSDB). Em pauta, a preocupação da Câmara Municipal com o grande número de demissões que tem ocorrido, as inúmeras queixas de que os acertos trabalhistas não têm sido realizados e o futuro da empresa.

Convite

A usina atendeu ao convite da Câmara. O diretor adjunto de suprimentos, Eduardo Bedin, ao traçar um histórico de dificuldades financeiras vividas pela Itaiquaira segundo ele desde a eclosão da crise mundial de 2008, pontuou que as demissões chegaram a 216 e não a 500 – como estaria sendo noticiado. Segundo ele, foram dispensas necessárias para um equilíbrio – “ou fechava tudo”. O executivo afirmou que a empresa  continua mantendo 700 postos de trabalho e que não vai demitir mais.

“Estamos fazendo de tudo para voltar como era antes, mas vai levar um tempo”, ele afirmou, depois de destacar que “a esperança é retomar o crescimento”. Eduardo Bedin disse que nos momentos mais críticos nos últimos anos eles enfrentaram três fases de situação de quase falência, mas que a situação hoje é de melhoria das perspectivas. “A falência hoje está mais longe”.

Entre as causas da crise, apontou que nos últimos anos o preço do fertilizante subiu mais de 100% sem que a cotação do açúcar acompanhasse. Lembrou que nesse período várias usinas no País fecharam as portas, reclamando que para a Itaiquara o buraco aumentou depois que a multinacional Ollan, de Cingapura, desistiu do negócio de compra, no ano passado. De acordo com ele, foram feitos investimentos durante o período que a Ollan esteve em Passos, gerando prejuízos diante da desistência do negócio por parte da multinacional.

Respondendo a questionamento do vereador Alex Bueno,  o executivo assegurou que os demitidos vão receber os direitos trabalhistas, mediante ações trabalhistas.  “Todos os acordos serão pagos na forma que a lei determina”. Ele não quis, no entanto, fixar prazos, depois de afirmar que as portas da Itaiquara estão abertas para dialogar com os dirigentes sindicais.

Repercussões

Para o vereador Alex Bueno, o encontro foi proveitoso, na medida em que houve o compromisso de que não haverá mais demissões e os esclarecimentos segundo os quais os acertos serão pagos mediante ação trabalhista. Para o vereador Nardão, as demissões eram motivo de grande preocupação, porque refletem negativamente “no comércio em geral”. Segundo ele, além de provocar queda nas vendas, as dispensas afetam as contratações temporárias do Natal.

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