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Vereador José Roberto critica a possibilidade da Casmil baixar preço

21 de Junho de 2005

      O vereador José Roberto Bernardes define de "absurdo" a possibilidade da Casmil reduzir o preço do litro de leite pago ao produtor em plena entressafra. Ele abordou a questão ao usar a tribuna da Câmara Municipal, na reunião ordinária de segunda-feira (20 de junho). Falando como vereador e não como presidente da Casa, ele disse estar iniciando um movimento em defesa do pequeno produtor rural.
 "Tenho informações de vários produtores de que a Casmil vai reduzir o preço em R$ 0,04, um absurdo por se tratar de entressafra", discursou ao destacar que outros compradores de leite na região, como as cooperativas de Cássia, de São Sebastião do Paraíso e particulares como a empresa Mococa, trabalhariam com a perspectiva de aumento de preços no período. "A Casmil como balizadora do mercado ao abaixar o valor pago, faria com que houvesse uma tendência regional de queda no preço do leite, prejudicando mais uma vez os pequenos", ressaltou.
       José Roberto considera também "absurda" a diferenciação de preços pagos por tipos de leite B e C, afirmando que os pequenos recebem um valor inferior aos dos grandes produtores. Segundo ele, por tratar-se de uma cooperativa onde a maioria são pequenos, a situação "sacrifica um número maior em detrimento de poucos, que mantém influência dentro da instituição".
       O vereador, que também é produtor de leite, disse que como cooperado vai questionar oficialmente a Casmil sobre a questão, buscando ainda outros esclarecimentos, entre os quais sobre a informação de que a instituição estaria pagando preços superiores a determinados grupos. "Temos a informação de que ela está pagando preços superiores para um grupo de produtores de Cássia".
       Pessoalmente, José Roberto diz que está enviando a produção de sua propriedade para um particular, onde já existe melhor preço.  "Sou cooperado e estou enviando para um produtor de queijo, que paga preços superiores e está industrializando, gerando mais de 20 empregos e não só fazendo o repasse da matéria prima sem agregar valores". Segundo ele, sua luta visa a defesa da própria Casmil.  "Defendendo os pequenos produtores, estou defendendo a instituição, que é dos produtores", afirma.


SDLP/jpe
040/2003
21/06/05

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